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Homenagem Prestada pela Associação
das Firmas Empreiteiras do Brasil
Desejamos, Inicialmente, agradecer
esta homenagem que muito nos sensibiliza, principalmente porque
ela se constitui em uma iniciativa da Associação que
representa a classe das Firmas Empreiteiras do País.
Queremos lembrar que iniciamos a
nossa vida pública, ainda como estudante de Engenharia,
praticamente ao lado dos empreiteiros do Estado. Acompanhando a
construção da Avenida Brasil nos trechos Realengo -
Padre Miguel - Campo Grande, pudemos, na nossa primeira missão
fiscalizadora, sentir de perto toda a gama de dificuldades que os
empreiteiros de obras públicas têm a enfrentar, quer
pela sua grandiosidade, quer pelos prazos, sempre apertados, quer
pela enorme responsabilidade dos empreendimentos.
Uma dessas dificuldades, que
consideramos das mais expressivas, é o estabelecimento de
valores irreais; em termos de preço, para as obras públicas
contratadas.
Na nossa gestão, à
frente da Secretaria de Obras Públicas, fomos forçados
a rescindir contratos relativos a obras de enorme interesse público,
simplesmente porque se tornou impossível ou inviável
concluí-Ias, em face, unicamente, dos preços básicos
fixados para elas, sem apoio na realidade. Isto, a nosso ver, é
uma irresponsabilidade.
A nossa filosofia no particular se
funda no princípio de que precisamos de obras concluídas,
dentro dos prazos previstos, para satisfazer necessidades públicas,
bem definidas e programadas; para tanto, em contra-prestação,
temos que pagar o preço justo.
Por assim compreender o problema, o
atual Governo do Estado, por meio da Secretaria de Obras Públicas,
adotou uma série de medidas, dentre as quais se destaca a
fixação do preço médio, para evitar os
abusos e irresponsabilidades a que nos referimos.
Outra providência do Governo
Estadual já posta em vigor neste exercício -
consistiu na liberação de todas as verbas destinadas
a ocorrer despesas com obras públicas, a partir de 1º
de janeiro, em curso, portanto, com três meses de antecedência
em relação aos anos anteriores. É um
procedimento que o Governo pretende seja adotado como regra, a
partir deste ano.
De nossa parte, reafirmando o
sentimento de profunda compreensão com respeito a todos os
problemas que enfrenta o bravo e competente empreiteiro do País,
em especial o da Guanabara, bem como com relação à
sua exata posição, no nosso contexto político,
social e tecnológico, queremos dizer que, na Secretaria de
Obras Públicas, estaremos sempre de braços abertos
para prestigiar a todos quantos, pelo seu modo de proceder, como
cidadãos e profissionais, souberam honrar a sua classe,
contribuindo, assim, para ajudar, de maneira decisiva, a tarefa do
Governo de bem servir à causa pública.
Discurso, em novembro de 1974.
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