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Cumprimentos do escritor Tristão
de Ataíde ao Engenheiro Emílio Ibrahim |
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Comemoração pelo
Aniversário de Fundação do Grêmio Literário
Tristão de Atayde
Ao encerrarmos esta solenidade, em
que nos coube a grande honra de presidí-la, sentimos a
sensação viva do passado, que nos traz agora à
lembrança momentos inesquecíveis da nossa adolescência,
internos que fomos do Colégio Arquidiocesano. E é
este exatamente o nosso sentimento, hoje, aqui em Ouro Preto, ao
lado de ilustres personalidades, dos nossos estimados mestres e
amigos, com os quais convivemos desde a fundação
desta instituição, de tantas tradições,
que a tornaram merecedora do respeito nos nossos meios culturais,
com reflexos em todo o País, cumprindo exemplarmente seu
destino, coroado de tantas realizações, de tantos êxitos.
Não poderíamos
faltar, neste dia de festa para todos nós, com palavras
para expressar o nosso perene reconhecimento, cercado do maior
carinho, para com os nossos caros mestres, Padre José
Mendes Barros e Jose Benedito Neves, estes dois grandes baluartes
que, ao lado do seu atual Presidente, nosso colega, Jorge Adílio
Penna, com as suas vigorosas presenças, marcadas pela
competência e pelo dinamismo, vêm mantendo esta
associação nos mais altos padrões, para
atingir os seus nobres objetivos.
Mas, voltando ao dia de hoje, tão
grato para todos nós, queremos congratular-nos com o nosso
Grêmio, por mais este ano de contribuições
expressivas, à Cultura, à Moral e à Fé
Cristã, inspiradas no seu ilustre patrono, aqui presente, a
figura invulgar de Tristão de Ataíde, que nos leva a
refletir, com um pensamento dele próprio, que bem retrata a
nossa época e que, uma vez mais, reafirma a sua larga visão
e o seu enorme talento de pensador católico: diz-nos,
assim, o grande mestre:
"Estamos no crepúsculo
de uma era e na aurora da outra (...) A ciência não
suplantou a fé, eis o balanço que o século
XX nos apresenta, mas a fé pode vir a suplantar a ciência,
no decurso do próximo século. A expressão
concreta da ciência é o domínio da razão,
como a expressão concreta da fé é o domínio
do coração. E só da união entre a
razão e o coração é que pode
resultar o verdadeiro respeito à personalidade humana."
É este profundo pensamento,
dentro de tão bela imagem, que guardamos e deixamos aqui
consignado como uma homenagem a esta tradicional instituição
e aos seus associados, nesta data festiva para todos nós,
por meio da expressão eloqüente do nosso ilustre
patrono.
Conscientes de que, em todos os
graus de convivência, os seres humanos se somam e se
completam na colimação de seus ideais, o momento já
nos inspira um profundo sentimento de saudade deste encontro, que
para nós é reconfortante e nos traz alento, para
prosseguirmos na nossa jornada, cumprindo, com a ajuda de Deus, as
missões que o destino nos reservar.
Renovando os nossos agradecimentos
pela honra que nos foi proporcionada para presidir esta
solenidade, em momento tão significativo na história
do Grêmio Literário Tristão de Ataíde,
os nossos votos são os de que ele prossiga sempre em níveis
cada vez mais altos, como expressão de cultura e convívio
social.
Agradecendo a presença de
todos os que aqui vieram prestigiar esta solenidade, damos por
encerrada a sessão.
Discurso, em Ouro Preto, 31 de
outubro de 1981.
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