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Inauguração da
Escola Estadual João Paulo II, em Mangaratiba, e Início
da Implantação do Posteamento para Eletrificação
e Iluminação Pública, em Conceição
de Jacareí
Os desafios são uma constante presença na vida do
homem público e nós, ao longo de nossa existência,
dedicada principalmente a este Estado, não temos fugido a
essa regra. Com efeito, quis o destino reservar-nos grandes
desafios que, à custa de muitos sacrifícios, esforços,
trabalho tenaz e perseverante, pudemos enfrentar e resolver, com a
ajuda de Deus, dos Governos a que servimos e de excelentes
colaboradores.
Isto ocorreu, por exemplo, na recuperação do Estádio
do Maracanã, durante o Governo Carlos Lacerda, na complexa
e desafiante recuperação do Elevado Paulo de
Frontin, nas obras não menos complexas e desafiantes para
solucionar o grave problema do desmoronamento do túnel do
Lote 2 do Guandu, na construção do Emissário
Submarino de Ipanema, bem como da Avenida Perimetral, todas essas
grandiosas obras realizadas no primeiro Governo Chagas Freitas.
Agora, nesta fase atual de nossas atividades públicas,
logo ao assumirmos a Secretaria de Obras e Serviços Públicos,
novamente prestigiados pelo eminente Governador Chagas Freitas,
deparamos com novo desafio: a recuperação desta
Escola que hoje está sendo entregue ao povo de Mangaratiba.
Há cerca de uns 10 anos, o prédio foi pura e
simplesmente dado como irrecuperável e, assim, condenado à
demolição, às vésperas de ser
inaugurado, e de lá para cá ficou completamente ao
abandono, sem que providências de qualquer ordem fossem
adotadas, para permitir uma solução adequada ao
problema.
Mas a solução existia e foi posta em termos
concretos. A Escola Estadual está recuperada integralmente
e - o que é muito importante - esta recuperação,
coube, sob a supervisão da Empresa de Obras Públicas
do Estado do Rio de Janeiro - EMOP, inteiramente às próprias
firmas encarregadas da sua anterior construção e que
foram por nós convocadas, tendo elas, inclusive, arcando
com todos os ônus das obras respectivas. Podemos dizer que a
Escola, agora, oferece, não só instalações
condignas, em relação às suas altas
finalidades sociais, como total segurança, em termos de
construção.
Daí os agradecimentos que manifestamos, de público,
às empresas Seitec e Estacas Fortex, não só
pela qualidade da obra executada, como pela compreensão que
demonstraram, com elevado espírito, ao assumirem
integralmente e por sua própria conta, a responsabilidade
da recuperação desta escola.
Este empreendimento, pelo grande alcance social que representa,
justifica o seu custo e os grandes esforços despendidos
para torná-lo realidade.
É uma aplicação consciente de recursos públicos
em obras que revertem inteiramente em favor da coletividade,
inscrevendo-se dentre aqueles empreendimentos considerados prioritários
pelo Governo Chagas Freitas, ainda mais - o que é
significativo ressaltar - quando esses recursos sofrerem retorno,
no tempo e na oportunidade devida, para salvaguarda do interesse público.
A expansão da educação só poderá
encontrar um limite: o da distribuição integral. As
unidades escolares têm que ser multiplicadas, de modo que as
matrículas não sejam dificultadas a ninguém.
Um movimento de opinião deve, a seu tempo, chamar todos à
escola. Cumpre-nos, por todos os meios, vencer o "déficit"
da população ainda não escolarizada. As
jovens gerações educadas oferecerão outras
condições de vitalidade e discernimento ao nosso
povo. Os sacrifícios de hoje reverterão em benefícios
coletivos. A posteridade saberá reconhecer esses esforços.
É nesta ordem de idéias que encaramos esta
inauguração de hoje como simbólica, para
proclamar o nosso empenho, o nosso entusiasmo, os nossos esforços,
em levar avante a missão do Governo Chagas Freitas, com o
nosso apoio, em termos de suporte físico, às suas
altas aspirações no setor educacional.
Temos ao nosso lado a figura inteligente e culta do ilustre
Secretário de Estado de Educação e Cultura,
Professor Arnaldo Niskier. Além de homem de letras, além
de um educador, além de um intelectual, ele é um
administrador da educação e da cultura, atividades
que, neste Estado, estão muito bem entregues. Arnaldo
Niskier tem tido conosco um perfeito entrosamento, já que
estamos juntos no mesmo ideal - dentro das diretrizes seguras do
nosso eminente Chefe, Chagas Freitas - de dar expansão ao
setor educacional do Estado - sem dúvida o fator primeiro
do seu desenvolvimento.
Aqui presente, também, o nosso estimado amigo, Prefeito
José Miguel, que hoje deixa o cargo, sob os aplausos
gerais, pela excelente administração que realizou e
pela firmeza de suas convicções que o levaram a esse
gesto de renúncia. Queremos, de modo particular, destacar,
nesta oportunidade, a sua atuação, que foi efetiva
para este empreendimento, atuação que se revelou, não
apenas intenção - que já foi estimulante -
como na grande participação, em termos de recursos
materiais, por conta do seu Governo, em perfeito entrosamento com
os nossos dedicados e competentes companheiros da EMOP.
Achamos que, neste feliz episódio, todos estão de
parabéns, porque se conjugaram os esforços dos
governos estadual e municipal, para resultar neste grande presente
ao povo de Mangaratiba.
Para finalizar, nada melhor que as palavras do grande Papa João
Paulo II, que, por feliz iniciativa do Governador Chagas Freitas,
deu o nome a esta escola. A respeito do que é política,
no seu sentido humano e por isto mesmo verdadeiro, dá-nos
ele esta profunda lição:
"Toda a atividade política nacional e
internacional procede do homem e para o homem; caso ela se separe
dessa relação e finalidade, converte-se, de certo
modo, em fim em si mesma e perde sua razão de ser".
Achamos que, neste evento, o Governo Chagas Freitas, seguindo
esta mesma linha de pensamento, uma vez mais, colocou, e bem, a
política a serviço da coletividade.
Esta a grande meta do Governo, não apenas no setor da
educação, como em todos os demais, que dele vem
merecendo a mesma atenção e tratamento, de modo a
que se chegue a uma sociedade tão próspera quanto
justa, voltada tanto para o desenvolvimento como para os valores
humanos.
Discurso em Mangaratiba, 31 de
janeiro de 1981.
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