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Com pistas superpostas, o
complexo viário de Mangueira custou ao Estado da
Guanabara 27 milhões de cruzeiros. A festa de inauguração,
em agosto de 1974, marcou um grande acontecimento na vida da
cidade. |
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Inauguração do
Viaduto da Mangueira
Dando cumprimento ao plano de
obras do atual Governo, estamos inaugurando mais um dos
empreendimentos de vulto nele previstos, cujo significado, a par
da grandiosidade da obra, evidente por si mesma, merece destaque.
Em primeiro lugar, desejamos
salientar que esta inauguração, tão esperada
e por tanto tempo reclamada pela população carioca,
não teria sido possível sem o decidido e efetivo
apoio de S. Exa., o Sr. Governa-dor Chagas Freitas; apoio que não
nos faltou e não nos falta em quaisquer projetos ou decisões
que, à frente da Secretaria de Obras Públicas, nos têm
sido impostos pelo dever de servir ao Estado da Guanabara.
Queremos, por isso, deixar este registro, com reconhecimento, à
larga visão de S.Exa. no trato dos problemas afetos à
nossa área, honrando-nos com o prestígio de sua
confiança, nas ações que estamos
desenvolvendo na Secretaria de Obras Públicas.
O dia de hoje marca a entrega por
parte do Governo da Guanabara à população
carioca do complexo de obras denominado Viaduto da Mangueira. É
interessante frisar que os estudos iniciais para a construção
deste Viaduto iniciaram-se há 25 anos. Coube ao atual
Governo a tarefa de levar à frente sua execução
e concluí-lo integralmente. Por isso mesmo, julgamos o
momento mais que oportuno para definir a nossa concepção
em relação às decisões exigidas do
administrador público, e especial-mente no setor
concernente às obras. Somos dos que entendem a administração
como um todo contínuo e em desenvolvimento permanente,
exigindo intervenções a curto, médio e longo
prazos; não nos impressiona a satisfação fácil
das realizações a curto prazo. Achamos fundamental o
exercício da tarefa dura, mas necessária, de
iniciar, continuar ou concluir obras, sempre com o espírito
voltado para o estabelecimento de prioridades dentro do critério
rigoroso e absoluto do benefício da coletividade.
Temos, por conseguinte, dentro
dessa ordem de idéias, a satisfação de poder
entregar esta magnífica obra de arte à nossa cidade,
obra tão importante para suas necessidades atuais, para o
seu destino. Além de seu inconteste valor técnico
que honra sobremodo a Engenharia brasileira e, em especial, a da
Guanabara, destacamos o benefício que ela representa, do
ponto de vista sócio-econômico, já que vem
atender a importante área industrial do Estado, concorrendo
decisivamente para o seu desenvolvimento.
O Viaduto da Mangueira insere-se no
Sistema Viário do Estado com a finalidade de permitir a
reintegração física das três partes em
que a cidade é dividida, pelas linhas férreas da E.
F. Central do Brasil e E. F. Leopoldina na altura da Estação
Ferroviária de Mangueira. Localizado no ponto em que as
estradas de ferro se separam, permitirá a interligação
dos bairros da Tijuca, Grajaú e Vila Isabel com a Avenida
Brasil, por meio da Rua Visconde de Niterói, Rua Prefeito
Olímpio de Melo - Viaduto Ataulfo Alves - e, conseqüentemente,
com todos os subúrbios e cidades satélites, que
formam o Grande Rio. Além de parte integrante do esquema viário
básico de ligação interbairros, o Viaduto da
Mangueira, conjugado com o Viaduto de São Cristóvão,
cujas obras terminarão em 1975, terá a função
de elo entre dois dos mais importantes sistemas de penetração
do Estado, que são: a ligação Centro - Subúrbios
da Central e a ligação Centro - Subúrbios da
Leopoldina.
Localizado na garganta entre as
Serras do Engenho Novo e o Morro do Telégrafo, o projeto do
Viaduto da Mangueira sofreu imposições da topografia
local, que teve como conseqüência natural a solução
de pistas superpostas, com a grande vantagem da redução
das rampas de acesso, e perfeita adequação ao
ambiente da região.
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O Viaduto de São Cristóvão
e a duplicação da Avenida Radial-Oeste, no trecho
próximo ao Estádio do Maracanã, trouxeram
sensível melhoria ao tráfego daquela zona. |
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Desejamos ressaltar a presença
neste grandioso empreendimento do corpo de Engenheiros e
Arquitetos da Secretaria de Obras, por intermédio da
Coordenação de Obras de Urbanização,
que com louvável dedicação se empenhou para
que hoje ele se transformasse em realidade. Da mesma forma,
destaco o trabalho das empresas que dele participaram, estendendo
nossos agradecimentos a todos quantos, direta ou indiretamente, órgãos
ou pessoas, lhe serviram de apoio em termos de recursos humanos e
materiais.
Senhor Governador Chagas Freitas:
se hoje estamos vencendo uma etapa de nosso trabalho, muitas
outros empreendimentos prosseguem, dentro do plano de obras do
Governo de Vossa Excelência.
E assim trabalhando estamos seguros
de que, tal como hoje, marcaremos muitas outras conquistas na
marcha progressista de nossa maravilhosa Cidade.
Discurso, em 1974.
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